A união pelos laços sagrados da renúncia
- O Alquimista

- 8 de out. de 2022
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A intolerância do segmento religioso contra tudo que foge das normas adotadas pelos pontífices maiorais, representa o maior desafio que todos devem vencer.
Acostumados a depositar a sua fé em algo ou alguém que desempenhasse o papel de superior, foi atestado o maior martírio de todos os tempos, pois acabou descaracterizando o significado da fé no Criador para ter fé no que o homem escrevia por correto.
Essa problemática abriu um gigantesco abismo entre os povos, levando aos mais desumanos martírios vividos, pois a lei maior era a da obediência nas normas que estabeleciam por corretas, satisfazendo os prazeres que lhe cabiam, criando um Deus a pura imagem aos vícios humanos.
O resultado dessa situação foi a dependência em alguém que desenvolvia o medo ou pânico em todas as criaturas que estivessem longe das regras estabelecidas.
Durante toda essa marcha vivida, muito sangue foi derramado, deixando a sua marca no interior da terra, coroando-a em um vale de lágrimas.
O meio de sair dessa situação, depois de muito penar e se render ao cansaço amargo da dor, é a renúncia das velhas crenças, dos velhos textos escritos pela mão sabotadora para desenvolver uma união a outros parâmetros, aqueles que oferecem abrigo ao cansaço vivido, aliviando o peito oprimido, mostrando o outro lado com suavidade, pois o caminho da dor nada mais é do que a reta final para atingir a porta da satisfação, por poder adentrar em uma nova era de bençãos, seguro que o Criador é o Pai que aguarda todos os filhos caídos para mostrar um novo caminho a ser seguido, longe da opressão que um dia mergulhou tal coração.
Renunciar um passado é uma questão de glória, pois é a substituição da armadilha do destino pela certeza de uma nova aurora, que aponta a luz sagrada, unida pelos laços do puro amor.
A certeza chega ao encontro da incerteza que um dia predominou o coração, para nunca mais dele sair, pois o Criador reside ali dentro, coexistindo em todos os corações ao mesmo tempo, pacificando a mente assustada e desconvalescida, preenchendo-a com ânimo sadio, espalhando luz para que ela enterre seu passado e revigore seu presente, desenvolvendo atitudes nobres que a ligará diretamente aos espíritos elevados, passando a viver e obedecer as Leis Universais, sentindo-se cada vez mais perto do Senhor, o Criador.
Se libertar das regras que um dia predominaram como certas é uma questão de honra para si e para o Criador, pois é a volta para a casa do Pai, certos que o caminho escolhido foi um equívoco, mas que pode ser retomado por aquele que um dia deixou passar, estabelecendo assim sua união pelos laços sagrados da renúncia com o Criador, para jamais sair.


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