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Foto do escritorVera Lucia Stefano

ESPIRITUALIDADE


RECLUSÃO

Viver na reclusão é o efeito de uma causa que se originou a milhares de anos, devido a soberba idolatria que se acostumou a viver, se isolando de todos, pois se considerava diferente e se alimentava pela obediência de todo o povo.

Foi o maioral entre seu povo, exercendo funções que o satisfizesse, esquecendo que seu papel fundamental era viver em favor de benefícios para a coletividade.

Esse é um caso comum entre os grandes lideres desse planeta, pois sentem-se como se fosse o próprio deus, que dita as regras e elas são obedecidas. Caso alguém quebrasse alguma norma, era punido com os diversos tipos de penitência.

Ocorre que passar por essa função e ser reprovado, desce direto para o fundo da cratera da travessia, acabando por ser impossibilitado, por muito tempo, de refazer o caminho, pois o envenenamento que provou é invariavelmente forte para tal.

Dessa forma, se faz necessário passar por uma sequencia de encanações miseráveis para que consiga se desvencilhar do veneno que tomou, chamado egoísmo.

O egoísmo é uma chaga que passa imperceptível para todos, pois é algo que se implantou nas atitudes milenares, devido a uma sequência de desajustes ocorridos na vivência.

O próprio degredo é o resultado dessa chaga que foi aberta, levando o irmão a cometer vários delitos, sem se preocupar com as consequências, assim como toda guerra hedionda tem como resultados dores incalculáveis.

Quando o egoísmo apossa do irmão, seu coração para de bater no ritmo da alegria, se reclusa sobe o domínio da aspereza, revestindo-se de um véu escuro que o impossibilita de sentir a renovação.

Para sair das amarras do egoísmo, todo irmão passa por choques traumáticos, necessários para que seu coração volte a bombear a alegria, pois ele é como se fosse um vulcão resfriado que está impossibilitado de voltar a se manifestar, somente através de estímulos severos, para que ele desperte e consiga transpassar a névoa que o aprisionou por muito tempo.

Por isso, a travessia para esse caso é cheia de tormentos e lamentos, exigindo do irmão muita força de vontade para conseguir conquistar tudo que perdeu, devido a sua rebeldia por um dia ter feito todos ajoelharem aos seus pés, se identificado como a figura exemplar, ligado ao seu deus.

Triste martírio que poderia ter evitado, pela cegueira que o egoísmo criou, marchando por um caminho repleto de armadilhas, levando a incontáveis quedas, até conseguir ter uma pequena visão que o caminho construído foi um grande equívoco e que deveria ter se espelhado nos exemplos de Jesus, que um dia nesta terra se reportou.

Nunca é tarde para sair dessa condição, desde que o irmão aja com o seu coração e entenda que precisa ser forte o suficiente para seguir Nosso Senhor Jesus, que abrirá as portas para alcançar o Criador.

O Alquimista

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