
De alma confrangida, observas os semelhantes, considerados na Terra em faltas e culpas
maiores que as tuas.
De muitos deles, tens notícias que assombram, e sabes de outros muitos positivamente
estirados na delinqüência.
Agitam-se alguns, por ignorância, sob as tenazes do crime.
Vários conhecem que amargas conseqüências recolherão, mais tarde, e, apesar disso
rendem-se, inermes, às garras da tentação.
Declaram-se outros adeptos da virtude e rolam na crueldade.
E outros, ainda, que te animavam à fé, permanecem na retaguarda, entregues ao
desespero...
Junto deles, há quem diga: “são almas empedernidas”.
E, há quem reforce: “são feras em forma humana”
Entretanto, ainda mesmo te arroles entre as vítimas, carregando o peito dilacerado, não
ergas a voz para persegui-los. Estão marcados em si mesmos pelo remorso que trazem no
seio.
Não é necessário te aproximes com vergastas para zurzir-lhes a carne. Além de sitiados na
dor do arrependimento, quase sempre transitam em cárceres de amargura ou respiram
exilados do carinho doméstico, sorvendo lágrimas de aflição.
Em lugar de fel e desprezo, dá-lhes amor e esperança, a fim de que despertem a vontade
entorpecida para o campo do bem.
Diante de todos eles, nossos irmãos enganados na sombra, abençoa e ora... e, se te
agridem, desvairados e inconscientes, abençoa e ora de novo, na certeza de que Deus a
ninguém abandona e, ainda mesmo para os filhos mais depravados, providenciará reajuste,
através da reencarnação, que é a escola da vida, a levantar-se, divina, do bendito colo de
mãe.
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