A renovação pela energia do amor, modifica as venturas íntimas do ser que anseia por algo desconhecido para ele até então, quando as margens do desenlace do mundo material se aproximam, próximo ao sepulcro, sente a diferença do ser e do ter, inexplicável por palavras humanas.
Qualificado até então, em seguir o padrão estipulado pela conveniência criada, distanciado da realidade da criação, do seu eu puro e divino, vive as amarras daquilo que foi projetado para seguir, como normas para atingir um Deus fictício e punitivo, acabando por criar uma ilusão que tarda e persiste em predominar.
Lampejos de glória fluem diante à presença do sentimento liberto da ilusão, renovado pelo entendimento e amadurecimento do Espírito, entendendo que se deve unir ao Criador, fazer as Suas vontades e não mais cumprir as honrarias do mundo da ilusão, libertando-se do passado julgador, se vinculando por inteiro as normas benditas da evolução.
Não há meios de evoluir projetado no passado, pois ele arrasta a uma problemática séria, onde a construção é alicerçada de substâncias descartáveis, não aguentando o peso sobre as camadas, desmoronando para a reconstrução.
A grande problemática é que a reconstrução é feita com o fruto do mesmo material, mudando os desenhos, a forma, mas com a mesma fragilidade, não suportando muito peso, impossibilitando que a evolução siga a frente.
Esse ciclo de construção e reconstrução pode demorar milênios, até cada irmão perceber, mediante o desgaste das situações, que deve modificar o material agregado para dar maior sustentabilidade e não venha a desmoronar, mais uma vez.
É nessa fase que o ser entende que naufragar perante os erros é estar submisso a eles e usar da punição para si mesmo, relembrando sempre os assuntos deprimentes de um passado vivido, que o impede de dar o passo decisivo para uma nova fase da evolução.
Caminhos inumeráveis estão à disposição dessa nova construção, contando sempre com a ajuda de benfeitores amigos que comungam os mesmos ideais, pois o Pai fornece sempre os melhores suprimentos para tal empreitada, pois resgatar um filho do deserto que se firmou é sempre uma festa digna de glórias para o altar Universal da Criação.
Que o passado siga apenas como um grande aprendizado, frutos de desejos infantis oferecidos a uma criança que nada sabia, pois adormecida estava, distante de seu coração, cumprindo com as obrigações de um mundo ilusório e distante da verdade do Criador.
Mudar a rota, seguir os pequenos lampejos que a alma começa a sentir, perante um coração liberto do julgo do passado, traz a compreensão que amar liberta e solidifica o vínculo com nosso Pai, o Criador.