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Foto do escritorChico Xavier

PENAS DEPOIS DA MORTE


Diante do antigo dogma das penas eternas, cuja criação a teologia terrestre atribui ao

Criador, examinemos o comportamento do homem – criatura imperfeita – perante as criações

estruturadas por ele mesmo.

Determinada companhia de armadores constrói um navio; contudo, não o arremessa ao mar

sem a devida assistência. Comandantes, pilotos, maquinistas e marinheiros constituem-lhe a

equipagem para que atenda dignamente aos seus fins. Quando alguma brecha surge na

embarcação, ninguém se lembra de arrojá-la ao fundo. Ao revés, o socorro habitual envida o

máximo esforço, de modo a recuperá-la. E se algum sinistro sobrevém, doloroso e inevitável,

o assunto é motivo para vigorosos estudos, a fim de que novos barcos se levantem amanhã,

em mais alto nível de segurança.

Na mesma diretriz, o avião conta com mecânicos adestrados, em cada estação de pouso; o

automóvel dispõe, na estrada, dos postos de abastecimento; a locomotiva transita sobre

trilhos certos e chaves condicionadas; a fábrica produz com supervisores e técnicos; o

hospital funciona com médicos e enfermeiros; e a habitação recolhe o amparo de

engenheiros e higienistas.

Em todas as formações humanas respeitáveis, tudo está previsto, de maneira que o trabalho

seja protegido e os erros retificados, com aproveitamento de experiência e sucata, sempre

que esse ou aquele edifício e essa ou aquela máquina entrem naturalmente em desuso.

Isso acontece entre os homens, cujas obras estão indicadas pelo tempo a incessante

renovação.

Em matéria, pois, de castigos, depois da morte, reflitamos, sim, na justiça da Lei que

determina realmente seja dado a cada um conforme as próprias obras; entretanto, acima de

tudo e em todas as circunstâncias, aceitemos Deus, na definição de Jesus, que no-lo revelou

como sendo o “Pai nosso que está nos Céus”.

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