
Toda produção tem alicerces na unidade.
As máquinas que se padronizam para esse ou aquele gênero de trabalho, mesmo que se
pareçam entre si, são aparelhos que se individuam distintamente.
As árvores, embora revelem as características da espécie a que se filiam, possuem
existência própria.
Os alunos de um estabelecimento de ensino partilham lições iguais, na classe a que se
ajustam ; no entanto, reagem de modo particular, diante do estudo, e classificam-se com
notas diferentes.
Catalogam-se enfermos num hospital, segundo os sintomas que apresentam; contudo, cada
um exige ficha determinada e tem o seu problema resolvido no momento exato.
Surgem máquinas e constrói-se a oficina.
Repontam árvores e alteia-se a floresta.
Congregam-se aprendizes e levanta-se a escola.
Alinham-se doentes e a casa de saúde aparece.
Recorremos, porém, a semelhantes imagens para destacar que o inferno, considerado por
localidade inferior ou estância de suplício, depois da morte, começa de cada um e comunicase,
pessoalmente, de espírito desvairado a espírito desvairado.
Não haveria penitenciária se não houvesse delinquente.
Notemos, ainda, que se a ciência médica no mundo ergue caridosamente o manicômio, para
socorrer a loucura, a Providência Divina permite a colonização dos seres bestializados, além
do túmulo, em regiões especificas do Espaço, para limitação e tratamento das calamidades
mentais em que se projetaram ou que fizeram por merecer.
Desse modo, que nenhum de nós se esqueça da lei de ação e reação.
Isso porque a falta, que depende de nós, chega antes, e o sanatório que a corrige chega
depois.
Comments